quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MDH - Moral da História - Parte 2: "Foco no Cliente"

Era uma vez uma princesa que morava em um castelo e que tinha um pai muito rígido. O pai, enquanto rei daquela província, partiu para a guerra e deixou a filha no castelo, mas a proibiu de sair do mesmo até que ele voltasse do combate. A princesa como era muito "serelepe", fugiu do "enclausuramento" e foi passear na floresta.
Durante este passeio, a princesa banhou-se em um rio e, no fim da tarde, voltou ao castelo pensando em guardar segredo, afinal, seu pai - o rei - era muito rígido e a havia proibido de "protagonizar" tais aventuras.
Tudo teria dado certo, porém, ao retornar, a princesa percebeu que perdera seu anel que havia recebido de sua mãe - a rainha. O anel era muito importante, pois havia sido transmitido de geração em geração e assim seria com ela também.
Com a mente bastante criativa e "fervilhando" de ideias para dar como desculpas a pequena alteza começou a lapidar uma brilhante história para contar ao seu pai quando este voltasse do embate.
Quando o rei voltou, percebeu que a filha estava sem o anel e não hesitou em perguntar:
- Minha filha, onde está o anel que sua mãe lhe deu e que há várias gerações está em nossa nobre família?
- Papai - disse a princesa com a voz embargada - você não sabe o que aconteceu...
- O que houve minha filha? - disse o rei curioso (e um pouco puto da vida...)
- Papai, o senhor não vai acreditar... eu lhe desobedeci e fugi do palácio para ir até a floresta passear, afinal o dia estava lindo e eu não pude resistir. Além disso, eu me sinto muito sozinha neste imenso palácio. Eu saí e eis que fui abordada por um camponês e este me obrigou a dar-lhe o anel que era a única coisa de valor que estava comigo.
O rei, claro, sem mais demoras, ordenou que fosse feita uma busca em todo o reino até que se encontrasse o culpado. Pouco tempo depois, a guarda do rei trouxe o suposto "meliante" que estava usando o anel no seu próprio dedo.
Como era de costume, o rei ordenou que o bandido fosse executado em praça pública para servir de exemplo, mesmo sem ouvir o que o camponês tinha a dizer. E assim foi feita a vontade do rei. Porém, no momento da execução, foi perguntado ao camponês:
- Queres dizer suas últimas palavras?
Para a surpresa do povo que assistia a excução o camponês disse:
- Sim. Antes de morrer, quero dizer como consegui este anel, motivo pelo qual estou sendo executado.
O povo ficou perplexo e ao mesmo tempo curioso para ouvir a versão do mesmo a respeito da "ocorrência". Ele logo começou a falar:
- Eis que eu estava passando pela floresta como faço todas as tardes, quando encontrei esta bela jovem - disse ele, apontando para a princesa - e ela logo me interpelou dizendo: "Olá estranho, eu sou a princesa, acabo de sair do castelo e ordeno que você me possua."
- OOOOhhhh! Que vergonha! Meretriz! - Falou o povo todo alvoroçado.
E o camponês continuou:
- Eu como camponês, claro, falei que não podia fazer isso, que provavelmente eu seria executado, mas ela insistiu e disse que se eu não acatasse a ordem diria ao rei que eu tentei molestá-la e seria muito pior, afinal ela era a princesa e eu um mero homem do campo.
Assim eu tive de obedecer e como recompensa pela minha postura de súdito ela me deu este anel que coloquei no dedo desde então...
E o povo:
- OOOOhhhh! Que absurdo.... - Murmurava o povo cada vez mais inflamado.
O rei diante de toda aquela situação e, sabendo que a filha o tinha desobedecido e fugido do castelo, ordenou que fosse executada no lugar do camponês. Afinal agora quem tinha desonrado e humilhado a nobreza era ela.
E assim foi feito. Porém, quando estavam colocando a princesa no "pedestal", ela se virou para o camponês que estava sendo libertado e perguntou:
- Por que você fez isso tudo, por que inventou esta história toda?
- Minha filha você acha que se eu dissesse que encontrei este anel na barriga de um peixe que eu pesquei, alguém ia acreditar? O povo gosta de sexo e violência e não de história de pescador!


Moral da história: O negócio e ter foco no cliente! Senão você acaba enforcado!



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